Plástico nos oceanos

 SOS PLANETA TERRA

    Os oceanos e mares desempenham um papel importante ao meio ambiente e ao próprio homem. Apesar das importâncias, eles não estão sendo preservados pelo homem, pelo contrário, o que se percebe é um enorme descaso com os ambientes marinhos. Estima-se que bilhões de toneladas de lixos sejam despejados no oceano todos os anos, destes segundo dados divulgados pela ONU, 80% é composto por plásticos.  
    Os plásticos são materiais formados pela união de grandes cadeias moleculares chamadas polímeros, além de ser um derivado do petróleo são de extrema utilidade no cotidiano das pessoas por ser um produto versátil, resistente e de baixo custo.  No entanto, as mesmas qualidades que favorecem o seu uso intenso, também são as mesmas que influenciam o seu acúmulo nos ambientes naturais (ARAÚJO; SILVA-CAVALCANTI, 2016). 
    Ninguém sabe ao certo a quantidade de plástico, depositada nos mares, mas estudos apontam que a cada ano aumenta o acumulo deste material em todo ambiente marinho. O crescimento populacional mundial e a produção de plástico cada vez maior são alguns dos responsáveis. O uso per capita está em ascensão, sobretudo nos países em desenvolvimento — como, por exemplo, a Índia — que possuem uma classe média em expansão e uma coleta de lixo precária. Os matérias são dos mais variados possíveis como garrafas, copos, sacolas, redes de pescas e muito mais, tudo isso tendo o destino os mares e oceanos. 
    Esses plásticos são inseridos nos mares principalmente pela atividade humana, no descarte incorreto e excessivo do lixo domestico, por banhistas e embarcações, além da falta de coleta seletiva em diversas regiões costeiras. 
    Todo esse plástico, em decorrência da exposição ao sol transformam se em partículas menores chamadas pela literatura de microplásticos que se dispersam na água misturando-se aos alimentos dos animais que habitam as águas. 
    As consequências também dessa poluição é a formação das ilhas de plásticos, que apresentam alta concentração de lixo flutuante em decomposição, representam uma das principais consequências do acúmulo destes materiais em zonas marinhas ao redor do globo, de acordo com o movimento das correntes oceânicas. Atualmente, pode-se identificar duas “ilhas” de plásticos: uma na porção Norte do Oceano Pacífico, com aproximadamente 696 mil km2 de extensão, e outra no Oceano Atlântico, descoberta em 2010. Essas ilhas de plásticos tem baixo potencial de biodegradação, afetando todas as comunidades marinhas, provocando acidentes com lesões e até mesmo a morte de diversos animais, além de causar prejuízos à saúde humana e às navegações marítimas.

Tartaruga comendo plástico.

    Além dos resíduos sólidos, esse lixo nos mares produzem resíduos microscópicos (principalmente lipofílica) ou moléculas inorgânicas que não são degradados no ambiente, podem ser absorvidos e armazenados pelo organismo, uma vez que não são metabolizados, sendo acumulados em níveis subsequentes das cadeias e redes alimentares, em alguns casos atingindo concentrações tóxicas para as espécies no topo dessas teias, como os consumidores quaternários (principalmente peixes, aves e mamíferos). Enfim toda a cadeia alimentar é afetada por esses poluentes, incluindo os homens que consomem principalmente os peixes em sua dieta, aumentando as chances de aquisição de compostos tóxicos no organismo. 
    Muitos animais marinhos acabam ingerindo utensílios plásticos acidentalmente ou intencionalmente como, por exemplo, as tartarugas verdes (Cheloniamydas), que são animais de natureza herbívora, tendo como principal fonte de alimento algas e vegetais (EDRISet al., 2018). Além disso, o descarte de sacolas plásticas, por exemplo, pode bloquear vias respiratórias e a passagem de alimento pelo estômago de várias espécies marinhas, como as tartarugas, e alguns mamíferos como baleias e golfinhos, que confundem este material com seu alimento, também as aves marinhas podem ser vitimas de diversos matérias plásticos. 
    Os microplásticos (pequenos pedaços de plástico provenientes da degradação de plásticos maiores) são uma das partes mais preocupantes desse problema. Com frequência, os animais marinhos acabam ingerindo esses materiais por conta de seu pequeno tamanho. 
    O plástico contém substâncias químicas tóxicas que podem aumentar as chances de doenças e também afetar a reprodução dos animais. Após a ingestão de microplásticos, focas e os animais marinhos podem sofrer por meses, ou mesmo anos, até morrerem. 
    Segundo Fagundes e Missio (2020), outro problema para os animais marinhos é emaranhamento em redes de pesca sejam estas redes abandonadas no mar ou redes de espera causando problemas de respiração e locomoção, fatores que podem levar o animal a óbito. 
Importante salientar que atualmente os plásticos são usados em nossas vidas por facilitar várias tarefas do nosso dia a dia, mas que acumula no ambiente e prejudicar a saúde dos animais, dos humanos e do planeta. Com isso, a má gestão de resíduos plásticos, em longo prazo, pode causar a extinção de espécies da fauna marinha. 
    A limpeza dos ambientes costeiros compreende uma etapa importante para a sustentabilidade da vida na biosfera, mas é preciso evitar que resíduos cheguem ao oceano através da gestão correta, adequando os sistemas de coleta, reciclagem e disposição final do lixo (FAGUNDES e MISSIO, 2020). 
Outras medidas são a reutilização de embalagens e outros utensílios plásticos como matéria prima para a produção de novos produtos semelhantes assim como a utilização dos polímeros Verdes, como matéria prima plástica.   Deve partir do governo a criação de leis que proíbam os plásticos descartáveis e também os incentivos fiscais para o desenvolvimento e a pesquisa de plásticos que não sejam provenientes de petróleo, mas sim compostáveis e biodegradáveis. 
 
REFERÊNCIAS:
  • ARAÚJO, M. C. B.; COSTA, M. F. Praias Urbanas: o que há de errado com elas?. Revista Meio Ambiente e Sustentabilidade, Curitiba, v. 11, n. 05, p. 51-58, Jan/dez. 2016.
  • ARAÚJO, M. C. B.; SILVA-CAVALCANTI, J. S. Dieta indigesta: milhares de animais marinhos estão consumindo plásticos. Revista Meio Ambiente e Sustentabilidade, Curitiba, v. 10, n. 5, p. 74-81, Jan/maio. 2016.
  • EDRIS, Q. L. et al. Análise do conteúdo alimentar de tartarugas-verdes (Cheloniamydas) mortas em encalhes na Costa de Peruíbe, litoral Sul de São Paulo. UnisantaBioScience, São Paulo, v. 7, n. 6, p. 77-98, 2018.
  • FAGUNDES, L.; MISSIO, E. POLUIÇÃO PLÁSTICA: IMPACTOS SOBRE A VIDA MARINHA. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 10, n. 1, 14 fev. 2020.
  • PEREIRA, Renato Crespo; SOARES-GOMES, Abílio. Biologia Marinha. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2009. 656 p.

Gavião-real caçando bicho-preguiça.

 VÍDEOS INCRÍVEIS DE ANIMAIS

Vídeo mostra a caçada implacável de um gavião-real (Harpia harpyja) caçando um bicho-preguiça (Bradypus variegatus). Aliás essa ave de rapina tem como base alimentar animais como preguiças, primatas, veados, quatis, gambás e outros. Consegue com suas garras bem desenvolvidas capturar presas com mais de 6 kg.

 
Este vídeo é de curta duração, mostra apenas raros momentos dos animais. 

Descarte de lâmpadas

SUSTENTABILIDADE & ENERGIA

No Brasil são consumidos milhões de lâmpadas por ano, sendo o seu descarte em menos de 10% desse montante. É preocupante saber desses dados, pois as lâmpadas que não são mais utilizadas irão para os lixos e certamente são quebradas e descartadas em locais impróprios, o que pode prejudicar o meio ambiente e o homem.

Existem vários modelos de lâmpadas no mercado como as fluorescentes, vapor de sódio, vapor de mercúrio, LED, luz mista, dentre tantas outras, todavia muitas dessas possuem substâncias que poluem o ambiente, além de possuírem materiais de difícil decomposição, sinalizando que o descarte em aterros sanitários não é o mais indicado.

A lâmpada fluorescente que é uma das mais utilizadas possui mercúrio, um metal que contamina o solo, lençóis freáticos e pode ser absorvido por animais, chegando até os humanos e acarretando malefícios a saúde. Já as lâmpadas incandescentes e de LED, apesar de não serem constituídas por metais pesados, possuem materiais que demoram centenas a milhões de anos para se decompor. 
 
Componentes das lâmpadas podem ser reaproveitados como vidro, metal e alguns componentes químicos, mas é importante seguir a legislação ambiental vigente sobre os descartes desse material.
Abaixo as principais leis e normas técnicas referentes ao descarte de lâmpadas:

Fonte: Reciclagem Santa Maria.

COMO DESCARTAR ALGUNS TIPOS DE LÂMPADAS

Lâmpadas incandescentes 

Possuem materiais que não permitem a reciclagem, portanto elas podem ser utilizadas em trabalhos artesanais como minivasos, miniterrários, pinturas etc. O mais correto seria os postos de recolhimento para essa finalidade, mas infelizmente não é a realidade na maioria dos locais no Brasil. 
 
Lâmpadas fluorescentes
 
As lâmpadas desse tipo podem ter seus componentes separados e reciclados, com exceção o isolamento baquelítico. Existem locais em que há empresas que são especializadas na trituração e reciclagem dos materiais. 
 
Lâmpadas LED
 
As LED são as lâmpadas de melhor escolha atualmente, tanto em durabilidade, economia de energia, qualidade e consciência ambiental. Trata-se de um tipo que têm vários componentes, mas não existem processos de reciclagem de alta eficiência para elas, o que têm surgido focam na recuperação dos metais mais nobres e caros, mas a principal dificuldade é encontrar uma forma de reaproveitar os componentes de iluminação sem inutilizar os diodos emissores. Há várias fabricantes que coletam os produtos, o que já consiste em um ótimo critério de compra. Pesquise na sua cidade se existe coleta para este tipo de lâmpada. 
 
REFERÊNCIAS:

VG Resíduos - O que a lei diz sobre o descarte de lâmpadas? Disponível em: <https://www.vgresiduos.com.br/blog/o-que-a-lei-diz-sobre-o-descarte-de-lampadas/> Acesso em 30 out. 2020.
Translix - Descarte de lâmpadas: como destinar de forma correta. Disponível em: <https://www.translix.com.br/descarte-de-lampadas> Acesso em 30 out. 2020.
Energilux - Saiba como fazer o descarte de lâmpadas corretamente. Disponível em: <https://blog.energilux.com.br/descarte-de-lampadas/> Acesso em 01 nov. 2020.
Reciclagem Santa Maria - Reciclagem de lâmpadas fluorescente. Disponível em: <ww.reciclagemsantamaria.com.br/servico/servicos/reciclagem-de-lampadas-fluorescentes/553/8> Acesso em 01 nov. 2020.

 NOVIDADE EM BREVE!

Eventualmente publicações de vídeos de curta duração sobre os animais, sempre com uma bela trilha sonora e imagens impressionantes que irão mostrar as curiosidades do comportamento e modo de vida dos animais de todo o planeta.
 Neste primeiro vídeo um teaser - "Vídeos Incríveis de Animais"
 

 

Brasil Orgânico

VIDEOS - NATURE AND MAN

A documentary that shows the other side of organic farming. Stories of people who have in organic production a strong conviction of life. The itinerary travels through the Brazilian biomes, presenting the diversity of ecosystems, landscapes and cultures. From livestock in the Pantanal to large scale production in São Paulo, from tropical fruits in the Caatinga to extractivism in the Amazon Forest. They are stories and characters from an organic country.
 

 
  • Áudio em Português
  • Sem legendas 
DOCUMENTÁRIO "BRASIL ORGÂNICO"
País: Brasil
Duração: 58'42"
Diretor: Kátia Klock e Lícia Brancher
Produtor: Lícia Brancher e Mauricio Venturi
Ano: 2013
Montagem: Alan Langdon
Som Direto: Alessandro Danielli . Guilherme Junior . Lucas de Barros . Thiago Santana
Fotografia: Marx Vamerlatti
Trilha: Isaac Varzim
Prêmios:
Vencedor do Prêmio Telúrico na 1ª Mostra Agrícola de Cinema Orgânico – Serra Talhada/PE, julho/2014. · Vencedor do Concurso de Documentários da TV Justiça/2013 · Vencedor do Projeto Rede Sesc SC de Cinema/2014